O Fantasma da Liberdade é o tema da 5ª edição do Anozero – Bienal de Coimbra, que teve início no passado dia 6 de Abril e termina dia 30 de Junho. Nas palavras dos curadores Ángel Calvo Ulloa e Marta Mestre, o tema desta edição, “explora a ideia de liberdade e as estratégias da arte contemporânea para a desafiar, deslocar e habitar.” O título, Fantasma da Liberdade, “se por um lado, sugere a ideia de que a liberdade é um fantasma, uma presença inescapável e espectral, por outro, aponta também para um processo incompleto, uma descrença numa verdade outrora certa, mais uma promessa do que algo real”.
São 40 o número de artistas que, em oito espaços diferentes da cidade, evocam o Fantasma da Liberdade. O Mosteiro de Santa Clara-a-Nova, a Sala da Cidade, a Estação de Coimbra B, o Jardim Botânico, o Colégio das Artes, a Universidade de Coimbra e o Pátio das Escolas são os 8 “palcos” desta edição. O Pátio das Escolas, uma estreia este ano, recebe, por exemplo, uma instalação do artista angolano Yonamine que “dialoga com a história do local, nomeadamente com esses vários estratos históricos, o romano, o árabe, o moçárabe e outros”.
Dos 40 artistas, nem todos são contemporâneos. Túlia Saldanha, Clara Menéres ou Robert Filliou, são artistas históricos que nos ajudam a perspetivar uma relação dinâmica com o passado. Anozero – Bienal de Coimbra, projeto que teve início em 2015, impulsionado pelo Círculo de Artes Plásticas de Coimbra, em conjunto com a Câmara Municipal de Coimbra e a Universidade de Coimbra, pretende continuar a contribuir para ampliar o imaginário da cidade, Património Mundial da UNESCO, e aproximá-la, ainda mais, da cultura.
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