2013 está a ser um ano excelente para o património de Coimbra. Primeiro, a Alta Universitária e algumas zonas circundantes como a rua da Sofia, onde ficam os antigos colégios, ganharam o carimbo de Património Mundial da UNESCO, certificação que garante a preservação destes locais essenciais para a história da cidade. Já em Outubro, o jornal inglês The Telegraph escolheu a Biblioteca Joanina da Universidade de Coimbra para inaugurar a lista das 16 bibliotecas mais espetaculares do mundo.
O edifício, situado no Paço das Escolas, foi um dos pontos centrais da classificação da Universidade, Alta e Sofia como Património da Humanidade. O início da construção da biblioteca data de 1717, um processo que só terminou em 1728, quando esta “jóia do património mundial” ficou concluída. Quem a apelida desta forma é o seu diretor, José Augusto Bernardes, que destaca a distinção feita pelo The Telegraph como uma prova de que a Joanina “não é exclusiva da universidade, da cidade ou do país”.
Com capacidade para guardar cerca de 200 mil livros, muitos deles extremamente raros, a Biblioteca Joanina orgulha-se do seu estilo rococó, tendo desde sempre sido considerada uma das mais espetaculares bibliotecas barrocas europeias. Infelizmente, dos três pisos que constituem o edifício, antigamente apelidado de Casa da Livraria, só é possível visitar o Andar Nobre, o único aberto ao público. É aqui que se encontram cerca de 40 mil documentos e livros, muitos deles anteriores ao ano de 1800.
Para pontuar a visita ao espaço, admire a forma como a arquitetura do edifício envolve o retrato do rei D. João V. Tendo em conta que a nave central da Biblioteca Joanina faz com que a sua estrutura se assemelhe à de uma capela, o retrato quase ocupa o lugar do altar, contribuindo para a espetacularidade daquele que é, sem dúvida, um dos edifícios mais belos da Europa e do mundo. A biblioteca recebe visitas durante toda a semana, mas verifique o horário no site da Universidade.